No Brasil mais de 340 mil internações ocorreram por falta de saneamento em 2024
- HUB do Saneamento
- 19 de mar.
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Em 2024, o Brasil registrou mais de 344 mil internações devido a doenças relacionadas ao saneamento ambiental inadequado, conforme pesquisa do Instituto Trata Brasil. Dessas hospitalizações, 168,7 mil foram causadas por infecções transmitidas por insetos vetores, como a dengue, e 163,8 mil por doenças de transmissão fecal oral, como gastroenterites virais, bacterianas ou parasitárias.
As regiões Centro-Oeste e Norte apresentaram as maiores taxas de internação, com 25,5 e 14,5 casos por 10 mil habitantes, respectivamente. O Amapá e Rondônia destacaram-se negativamente, registrando 24,6 e 22,2 internações por 10 mil habitantes. No Maranhão, a taxa foi alarmante: 42,5 internações por 10 mil habitantes, seis vezes a média nacional.
Populações vulneráveis foram as mais afetadas: 64,8% das internações ocorreram entre pessoas pretas ou pardas, e a incidência entre indígenas foi de 27,4 casos por 10 mil habitantes. Crianças de até quatro anos e idosos também sofreram impacto significativo, com 70 mil e 80 mil hospitalizações, respectivamente.
A falta de saneamento básico contribui para a propagação de doenças como diarreias, cólera, febre tifoide, hepatite A, dengue, febre amarela, leishmaniose, malária, esquistossomose e leptospirose. Essas enfermidades estão diretamente ligadas à ausência de água tratada, coleta e tratamento de esgoto e manejo inadequado de resíduos sólidos.
Investir em saneamento básico é essencial para reduzir essas internações e melhorar a qualidade de vida da população, especialmente das comunidades mais vulneráveis.
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